Page 19 - APED 2018 N1
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Dor (2018) 26
 Tabela 1. Critérios de exclusão
 1. Alterações da coagulação
2. Infeção local
3. Invasão local do sacro
4. Radioterapia ou quimioterapia nas quatro semanas prévias ao procedimento
5. Recusa do doente
 Tabela 3. Dados demográficos
 Caraterísticas Resultados
 Idade (média ± DP) 58 ± 8,6 Género masculino/feminino (%) 60/40
 Tabela 4. Diagnósticos
 Localização do carcinoma Total
 Próstata com envolvimento do reto 3 Reto 7 Vulva 1 Vagina 1 Região perianal 2 Região pélvica 1
 Tabela 2. Protocolo de realização do BGI com abordagem sacrococcígea, sob controlo fluoroscópico
 1. Obter consentimento informado
2. Canalizar acesso venoso periférico
3. Em decúbito ventral, localizar a linha média e a sua relação com a articulação sacrococcígea
4. Assepsia
5. Sedação titulada (considerada em doentes oncológicos)
6. Infiltração de anestésico local
7. Fluoroscopia: Identificação da união sacrococcígea – visão lateral
8. Introdução da agulha 22 G quincke
9. Sob controlo fluoroscópico, avançar a agulha através do disco intervertebral, até visualização da sua ponta em posição ventral ao ligamento sacrococcígeo, com perda de resistência
10. Administração de meio de contraste, em tempo real, para visualizar a dispersão do anestésico local
11. Após exclusão de injeção endovenosa ou neural, administração de 3-5 ml de anestésico local, corticoide e/ou solução neurolítica
12. Ao utilizar soluções neurolíticas deve-se lavar a agulha com anestésico local ou ar, para evitar fistulização
13. Retirar a agulha e transportar o doente para o recobro. Informar o doente de acordo com as recomendações de procedimentos realizados em regime de ambulatório
 Tabela 5. Dados da avaliação da dor segundo a EVN
 Tempo
de avaliação da EVN
Score na EVN (mediana)
p (significado estatístico < 0,05) – teste Wilcoxon Classe de referência: basal
 Basal
72 horas 3 meses
7 (p 25 = 7; p 75 = 8)
4 (p 25 = 3; p 75 = 5,3) 0,001 4 (p 25 = 3; p 75 = 7) 0,003
região perianal (dois doentes) e massa pélvica (um doente) (Tabela 4).
Foi avaliada a dor basal, às 72 horas e aos três meses depois da realização do BGI, segun- do a escala EVN, em todos os doentes. Verifi- cou-se uma diminuição da dor basal (mediana da escala EVN de 7 [p 25 = 7; p 75 = 8]) em relação às 72 horas (mediana da escala EVN de 4 [p 25 = 3; p 75 = 5,3]) e aos três meses (me- diana da escala EVN de 4 [p 25 = 3; p 75 = 7]), com significância estatística (72 horas vs. basal, p = 0,001 no teste de Wilcoxon; três meses vs. basal, p = 0,003 no teste de Wilcoxon), de acor-
16 do com a Tabela 5.
Às 72 horas em relação à dor basal: 93% dos doentes apresentaram diminuição da dor; 36% dos doentes obtiveram uma melhoria ≥ 50%; 57% dos doentes obtiveram uma melhoria entre 30-50% e 7% dos doentes obtiveram uma me- lhoria < 30%.
Aos três meses em relação à dor basal: 79 % dos doentes apresentaram diminuição da dor; 43% dos doentes obtiveram uma melhoria ≥ 50%; 36% dos doentes obtiveram uma melhoria entre 30-50% e 21% dos doentes obtiveram uma melhoria < 30%.
Em três doentes foi repetido o BGI antes dos três meses, sendo registado aos três meses o resultado analgésico.
Em dois doentes, apesar de apresentarem melhoria do quadro álgico (> 30%), decidiu-se realizar também, pelas caraterísticas da dor e da massa tumoral, o bloqueio do plexo hipogás- trico superior (BPHS).
Nenhuma complicação foi registada, nomea- damente disfunção motora, disfunção sexual, disfunção vesical, disfunção intestinal, infeção ou perfuração do reto.
DOR






















































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