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Espaço subaracnoideu
Espaço subdural
Dura mater Médula espinhal
Espaço epidural Pia mater





Ligamento
amarelo
Vértebra
Proceso
espinhoso







Figura 6. Anatomia espaço epidural.



A dura mater (Fig. 6), espessa e resistente, é formada por tecido conjuntivo muito rico
em fibras de colagénio, contendo vasos e nervos e organizadas em sucessivos planos paralelos
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concêntricos à superfície medular, e onde cada nível representa um plano chamado lamela .
A dura mater do encéfalo difere da dura mater espinhal por ser formada por dois
folhetos: externo e interno.
A dura mater projecta fibras até ao periósteo que reveste os canais de conjugação.
Esta particularidade anatómica permite que qualquer líquido injectado no espaço epidu-
ral tenha a possibilidade de sair através destes canais para o espaço paravertebral.
A calcificação decorrente da idade pode reduzir a permeabilidade destas soluções
de continuidade e determinar a redução do fármaco a administrar .
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O volume do espaço epidural é variável no adulto, podendo ir de 50-110 ml, depen-
dendo do conteúdo do canal vertebral .
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A distância entre o ligamento amarelo e a dura mater não é uniforme em toda a sua
extensão (Quadro 1). Em L2 varia entre os 5-7 mm, em T6 entre os 3-5 mm e é de 2 mm
na região cervical 14,15 .

O espaço epidural é, assim, mais largo na região lombar, diminuindo na região
dorsal, para quase desaparecer na região cervical. Atinge dimensões maiores na linha
média da zona posterior. É rico em vascularização venosa e tecido gordo. As veias epi-
durais, elemento chave na dispersão e distribuição de fármacos, estão localizadas na
face anterolateral do canal raquidiano.

Os plexos venosos vertebrais internos asseguram o retorno venoso das vértebras,
da medula e das meninges. Estão ligados à circulação venosa sistémica através das veias


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