Page 22 - 2018_03
P. 22

N. Geraldes, S. Abreu: Epidemiologia da Dor Crónica Pediátrica em Portugal – Revisão Sistemática Da Literatura     Documentos identificados através da pesquisa na base de dados (n = 211)  Documentos após remoção de duplicações (n = 211)  Documentos excluídos após leitura do abstract (n = 157)  Documentos rastreados (n = 211)   Documentos completos excluídos após leitura integral, pelos seguintes motivos: (n = 40) n = 16: incluíam participantes com menos de 18 anos, mas os resultados eram apresentados em conjunto com os dos participantes com mais de 18 anos n = 12: não avaliavam a prevalência da DC pediátrica n = 6: os participantes tinham mais de 18 anos n = 2: eram artigos de revisão n = 2: não mencionavam a idade dos participantes n = 1: não evidenciavam a duração da dor avaliada n = 1: estudo escrito noutra língua sem ser português ou inglês  Documentos completos possíveis para seleção (n = 54)   Documentos completos incluídos na revisão (n = 14)    Documentos que avaliam a prevalência da DC pediátrica na população geral (n = 9) Documentos que avaliam a prevalência da DC pediátrica numa população com uma condição específica (n = 5)  Figura 1. Diagrama de fluxo que ilustra a seleção de artigos internacionais que avaliam a prevalência da DC pediátrica.  Com os dois estudos portugueses que estu- dam a prevalência da DC não específica, usan- do exatamente a mesma definição de DC e o mesmo questionário – Silva22 e Reigota20 – com um total de 423 participantes, estima-se uma prevalência média de 31,4% de DC pediátrica. Considerando o estudo de Silva, et al.23, que tem uma definição de dor um pouco diferente, a pre- valência chega a 75,9%. Existe ainda outro estudo português, no qual Pereira38, apesar de não ter investigado a preva- lência da DC, comparou os níveis de dor (inten- sidade) reportados por um grupo com o diagnós- tico de DC musculosquelética e um grupo controlo. Os dois grupos eram compostos por jovens entre os 12 e os 20 anos e os resultados não foram significativamente muito diferentes (9/10 para o grupo controlo e 9,5/10 para o grupo clínico), pelo que se pode deduzir que no gru- po controlo a dor também é um grave problema. Tal como colocávamos em hipótese inicial- mente, a DC em idade pediátrica é muito preva- lente e tem um impacto negativo significativo, no entanto, poucos estudos têm vindo a ser desen- volvidos em Portugal. Para além disso, apesar de ser aconselhada e de existirem ferramentas para a autoavaliação da dor a partir dos três anos, a faixa da idade pré-escolar será a mais difícil de avaliar pelo que quase nenhum dos estudos a inclui. De facto, nos três estudos se- lecionados, a amostra só inclui crianças a partir dos 11 anos, pelo que os resultados desta revi- são poderão apenas avaliar a prevalência da DC na adolescência. Não obstante, para podermos ter uma ideia sobre a prevalência da dor em idades mais jo- vens, podemos considerar dois estudos, que estudaram a prevalência da dor, mas sem con- siderarem a sua duração. Um estudo realizado por Ribeiro39 com 52 crianças do 2.o ano de 21 DOR 


































































































   20   21   22   23   24