Page 61 Manual de Interações medicamentosas no tratamento da dor crónica
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macos emparelhados 2 a 2, não entrando em linha de conta com o perfil
de IM da polifarmácia e que existe uma interação fármaco-doença que
poderá vir a modificar o perfil de IM;


• As IM não são habitualmente objectivo dos ensaios clínicos e serão por
isso muitas das vezes subavaliadas ou interpretadas como eventos adver-
sos dos fármacos;





Adenda

Na prática clínica as IM deverão conter a seguinte informação:


• Efeito clínico – a IM pode condicionar aumento, inibição, ausência de efei-
to ou efeito variável;


• Impacto clínico – pode ser major (morte ou lifethreatening), moderado
(desconforto, sintomas de novo, alteração do padrão de atividades de
vida diária) ou minor (tolerado sem recorrer a cuidados médicos);


• Qualidade da evidência clínica que suporta a avaliação (case report, séries
de casos, ensaios clínicos, etc.).


• Reconhecer que as IM não surgem apenas no contexto da polifarmácia
ou do doente idoso;


• Reavaliação sistemática do esquema terapêutico, eficácia/efeitos adver-
sos, necessidade de continuar medicação versus criar alternativas.







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