Page 24 Volume 18 - N.2 - 2010
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Dor (2010) 18

Orientações Técnicas Sobre


a Avaliação da Dor nas Crianças


Ananda Fernandes







Introdução
Em Portugal, desde 2003, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), através da Circular Normativa n. 09/DGCG de
o
14 de Junho, considera que a avaliação e registo regular da intensidade da dor é norma de boa prática em
todos os serviços prestadores de cuidados de saúde. Todavia, sendo a dor uma experiência subjectiva, a
precisão da sua avaliação depende do acesso à expressão do próprio sujeito, tornado a avaliação mais
difícil nas pessoas cuja capacidade de expressão ou compreensão é menos usual. Para estas, as escalas
recomendadas na referida circular podem não ser suficientes. É o caso das crianças muito pequenas que
ainda não falam e das crianças com incapacidade verbal, que utilizam a expressão facial e corporal para
expressar a dor, exigindo que aprendamos a descodificar essa linguagem. É também o caso das crianças
mais velhas, para as quais a quantificação da dor deve ser auxiliada por escalas próprias.
Por esta razão nos congratulamos com a publicação da Orientação da DGS n.o 14/2010 sobre a avaliação da
dor nas crianças, a qual coloca à disposição dos profissionais escalas apropriadas para esta população tão
especial e heterogénea. Sendo a avaliação da dor tida como o primeiro passo para um efectivo controlo da
dor, aguardamos que a estas orientações se sigam outras, que ajudem os profissionais de saúde a controlar
cada vez mais adequadamente a dor nas crianças.












































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Coimbra
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