Page 39 A Via Epidural em Analgesia Pós-Operatória
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Quadro 5. Combinação de fármacos
AL Ropivacaína 0,2% Sufentanil 0,5-1 µg/ml
Opióides (2 mg/ml) ou
ou fentanil 2-4 µg/ml
Levobupivacaína ou
bupivacaína 0,1-0,2%
(1-2 mg/ml)
Dose perfusão 6-12 ml/h
(torácica/epidural)
PCEA Perfusão: 4-6 ml/h
(torácica/epidural) Bolus: 2 ml (2-4 ml)
Tempo mínimo do
intervalo lockout 10 min
(10-30 min)
Dose horária máxima
(bolus + perfusão base): 12 min
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O bloqueio motor é também dose dependente . A ropivacaína tem uma duração de
acção prolongada devido ao seu efeito vasoconstritor.
A eficácia analgésica da ropivacaína, administrada por via epidural no pós-operató-
rio de cirurgia major do joelho, permite concluir que a sua administração isolada (não
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associada a opióides) é altamente eficaz .
Para utilização em AEPO existem publicados na literatura diversos protocolos de
administração epidural de AL em associação com opióides.
A European Society of Regional Anaesthesia & Pain Therapy (ESRA), em Gene-
ral recommendations and principles for successful pain management , recomenda,
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como primeira escolha no tratamento da dor no pós-operatório, a analgesia epidural
contínua.
A AEPO é baseada na associação de um AL de longa duração com um opióide, o
cateter deve ser colocado em T6-T10 para a cirurgia abdominal major e em L2-L4 para
a cirurgia dos membros inferiores.
A manutenção pode ser feita recorrendo:
– Perfusão contínua.
– Intermitente – bolus.
– Patient-controlled epidural analgesia (PCEA).
Como exemplo de combinação de fármacos, a ESRA sugere (Quadro 5):
Complicações
Os AL estão relativamente livres de efeitos adversos, quando administrados em concen-
trações clínicas e no local adequado. As principais complicações da administração epi-
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