Page 37 Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006
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Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006 | 37















A prevalência de residentes obesos era mais elevada na população com menos de 5
anos de escolaridade completados (21,4%), sendo a dissemelhança mais expressiva
quando comparada com aqueles que terminaram pelo menos o actual ensino
básico[8], aos quais correspondia uma estimativa de obesos de 6,1%.

No Continente, a prevalência de obesos aumentou em 3,2 pontos percentuais entre 1999
(12,0%) e 2005 (15,2%), sendo na região Norte e na região Lisboa e Vale do Tejo
que se observaram os aumentos mais acentuados, respectivamente com 14,9% e
16,8% em 2005 face a 11,1% e 12,9% em 1999.


A proporção de adultos residentes no país com excesso de peso era em 2005 de 35,7%,
correspondendo 17,1% a excesso de peso de grau I[9], e 18,6% a excesso de peso
de grau II[10].

No mesmo período, 45,6% dos residentes adultos em Portugal, indicaram peso e altura
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compatíveis com um Índice de Massa Corporal adequado (IMC 18,5 kg/m a 24,9
kg/m ), os quais eram mais frequentes no sexo feminino, com 48,4%, do que no
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sexo masculino, com 42,4%.

Comparando as estimativas obtidas através dos inquéritos de 1998/99 e 2005/06,
pode observar-se que existiu uma redução na prevalência de indivíduos com
peso adequado em 2,7 pontos percentuais, a que correspondeu o aumento da
prevalência de indivíduos com excesso de peso de grau II, com mais ½ ponto
percentual, e sobretudo no aumento da prevalência de obesos já referida (3,2
pontos percentuais).

Apesar destes resultados, quando questionados em 2005 sobre a condição de obesidade
– que constitui uma doença crónica –, apenas 3,8% dos residentes em Portugal
referiram ter ou já terem tido este problema, o que sugere um distanciamento
expressivo entre os resultados de uma estimativa baseada num índice padronizado
e os que resultam da percepção dos indivíduos. A obesidade é, também, o único
problema de saúde, para o qual a fonte de diagnóstico indicada por 35,9% da
população abrangida pelo Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006, não era o
médico ou o enfermeiro, contrariamente ao verificado para todas as outras doenças
crónicas sobre as quais se obteve informação[11]. Os valores por sexo correspondem
a 2,9% e 4,6%, respectivamente para os homens e para as mulheres. A proporção
de indivíduos que referiram a existência de obesidade aumentou de forma mais
expressiva no grupo etário 45 a 54 anos, com mais 2,1 pontos percentuais, a que
corresponde mais 1,8 pontos para os homens e 2,4 pontos para as mulheres.













[8] O ensino básico corresponde a nove anos de escolaridade.
[9] O excesso de peso de grau I corresponde a valores do IMC entre 25,0 kg/m e 26,9 kg/m .
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[10] O excesso de peso de grau II corresponde a valores do IMC entre 27 kg/m e 29,9 kg/m . 2
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[11] Para as restantes doenças a fonte clínica é geralmente superior a 95% (cf. Resultados – Quadro 5).
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