Page 11 Volume 9, Número 4, 2001

Dor (2001) 9
Medical (Eurolink Medical NV), sendo tratados os pri-
DOR CRÓNICA meiros doentes na Madeira com esta técnica.
DOR CRÓNICA
Em Dezembro deste ano estão programados a colo-
cação dos primeiros estimuladores eléctricos medula-
res, em colaboração com a Medtronic Portugal.
ONCOLÓGICA
ONCOLÓGICA
LOMBALGIAS Dor aguda
LOMBALGIAS
NEVRALGIA O tratamento da dor aguda é efectuado por uma
NEVRALGIA
PÓS-HERPÉTICA
PÓS-HERPÉTICA equipa médica composta por quatro anestesiologistas,
MEMBRO FANTASMA
MEMBRO FANTASMA coordenado pela Unidade de Terapêutica de Dor, com o
apoio da equipa de enfermagem e do médico assisten-
te. Uma disponibilidade permanente, a instituição de
terapêuticas precoces com protocolos específicos e
de custos, melhor qualidade de vida e satisfação claros, respeitados por todos os membros da equipa,
dos utentes, através da inserção do doente no seu um controlo de qualidade e um follow-up adequado são
meio sociofamiliar, com uma prestação de cuida- “regras de ouro” nesta actividade.
dos continuados no domicílio. A analgesia pós operatória, vocacionada para a cirurgia
• Este programa é prestado por 3 médicos desta major e média, com prescrições terapêuticas orientadas
unidade, com a colaboração eficiente e dedicada às primeiras 48 a 72 h de pós operatório, com revisão e
das enfermeiras da Consulta de Terapêutica de Dor adaptação desta após este período, privilegiando-se o
e do Centro de Saúde da respectiva área, tem sido ensino e educação pré operatório e colaborando com as
efectuado todas as 3ª e 5ª feiras. enfermeiras de reabilitação, dedicando uma especial aten-
• O apoio do Serviço Social hospitalar tem sido ção à inspirometria incentivada, sempre que necessário.
inexcedível, em colaboração e interligação com os Observamos no último ano um maior número de
congéneres da CRSS, doentes e famílias, constitu- patologias álgicas não oncológicas, agudas, em relação
indo um pilar fundamental nesta actividade. a anos anteriores, destacando as isquémias, traumatis-
mos de tórax, politraumatizados, toracalgias, nevralgias
Técnicas invasivas e TENS herpéticas, pancreatites e queimados.
Sempre que solicitados, temos apoiado a analgesia no
Efectuadas no bloco operatório à 2ª feira a actividade pré-operatório nas situações de isquémia do membro
programada e eventualmente noutros dias, sempre que inferior, se necessário, com o recurso à analgesia epidu-
as circunstâncias o exigiam. ral, possibilitando em alguns casos a terapêutica no
Na consulta externa realizamos os tratamentos que ambulatório destes doentes.
pela sua natureza podem ser aí efectuados. A actividade exercida nos últimos 3 anos na analge-
Este ano, ao iniciarmos as técnicas invasivas no Serviço sia do pós-operatório, constitui uma referência pelo seu
de Imagiologia, o seu número e distribuição alterou-se de grau de eficácia terapêutica, de elevado índice de
forma muito significativa. satisfação dos doentes, pessoal de enfermagem e cole-
Sempre que as circunstâncias o aconselharam, intro- gas dos serviços, apesar da escassez de recursos
duziram-se cateteres epidurais, com tunelização subcu- humanos e materiais.
tânea, com ou sem reservatório, para administração de
fármacos em bólus, em perfusão por DIB, ou por inter- Formação
médio de PCA e introduziram-se cateteres subaracnoi-
deus com reservatório para tratamento da dor oncológi- Os períodos de formação e de treino noutras Unida-
ca por intermédio com perfusão contínua com morfina. des de Dor revestem-se de importância primordial devi-
Foram efectuadas, por rotina, no ambulatório, administra- do ao evoluir vertiginoso das técnicas empregues, dos
ções de fármacos (ex. opióides, anestésicos locais, corticói- fármacos administrados, e do material utilizado.
des) por intermédio de sistemas “fechados” – DIB ou PCA O Instituto Português de Oncologia e o Hospital Gar-
– pelas vias epidural, subaracnoideia ou subcutânea. cia da Horta possibilitaram um estágio de formação ao
O número de estimulações eléctricas transcutâneas psicólogo da nossa unidade.
(TENS) efectuadas na consulta diminuiu substancial-
mente, após a aquisição pelo CHF de novos aparelhos, 3500
que em conjunto com os já existentes permitiram que
esta técnica, após ensino prévio, fosse efectuada no 3000 CONSULTAS
TÉCNICAS
domicílio com maior eficácia terapêutica. 2500
Com a complexidade das patologias, com o evoluir
das técnicas e com uma mutação social com novas 2000
exigências e expectativas face às situações álgicas, foi 1500
importante e necessário a introdução neste ano das
técnicas de electro-estimulação medular (EEM) e de 1000
bombas implantáveis para a administração de opióides 500
DOR ou baclofeno e radiofrequência. 0
Realizou-se em Novembro de 2001 o 1º curso Teórico
10 Prático de Radio Frequência, com o patrocínio da RDG 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000