Page 49 Volume 16 - N.1 - 2008
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paracetamol (CONV_05) (atingiu percentagens avaliação qualitativa e quantitativa dos resultados
de utilização de 30,4% em 2007). A eficácia deve passar sempre por uma discussão interna
analgésica variou entre 95,4% em 2005 e 97,4% que filtre os resultados duvidosos e que permita
em 2007. extrapolar conclusões válidas, de modo a melhorar
a obtenção do desiderato de todos, que é uma
Prostatectomia radical melhor analgesia, com maior grau de satisfação
Entre 2005 e 2007, houve uma evolução nos do doente.
protocolos analgésicos no sentido de incluir opi-
óides fortes. Assim, em 2005, 51,4% das analge- Bibliografia
sias não incluíam opióides fortes (CONV_04 e 1. Ready LB, Oden R, Chadwick HS, et al. Development of an anaes-
CONV_06). Nos anos seguintes, a evolução foi no thesiology-based postoperative pain management service. Anesthe-
siology. 1988;68:100-6.
sentido de promover a utilização de opióides for- 2. Ready LB. Acute pain services: an academic asset. Clin J Pain.
tes (morfina ou meperidina) administrados por via 1989;5 Suppl 1:S28-33.
ev. ou por via epidural (60% em 2007). A analge- 3. Rawal N. 10 years of acute pain services-achievements and chal-
lenges. Reg Anesth Pain Med. 1999;24:68-73.
sia mostrou-se eficaz em 88,9% dos doentes em 4. Anonymous. Joint Commission on Accreditation of Healtcare Orga-
2005 e em 100% dos doentes em 2007. nizations. Pain Standards for 2001 [Internet]. Disponível em: http://
www.jcaho.org/standards/pm.html
Conclusão 5. An Updated Report by the American Society of Anesthesiologists
Task Force on Acute Pain Management. Practice Guidelines for
Para a criação e implementação de uma UDA, Acute Pain Management In the Perioperative Setting. Anesthesiol-
ogy. 2004;100:1573-81.
é fundamental a participação motivada de todos 6. Goldstein D, Van Der Kerkhof E, Blaine W. Acute pain management
os profissionais que vão colaborar na constru- services have progressed, albeit insufficiently in Canadian aca-
ção diária desta infra-estrutura. É com ela que demic hospitals. Can J Anesth. 2004;51(3):231-5.
poderemos avaliar a qualidade da analgesia 7. Cousins M. Acute and postoperative pain. Em: Wall PD, Melzack R,
eds. Textbook of Pain. 3.a ed. Nova Iorque: Churchill Livingstone;
efectuada e melhorar os níveis de satisfação dos 1994. p. 357-85.
doentes no pós-operatório. Para tal, é necessá- 8. Goldstein DH, Van Der Kerkhof EG, Rimmer MJ. A model for real
rio que haja um consenso alargado entre todos time information at the patient´s side using portable computers on
an acute pain service. Can J Anesth. 2002;49:749-54.
os profissionais de modo a que os questionários 9. Turban E. Decision Suport and Expert Systems: Management Sup-
a submeter aos doentes sejam, sempre que pos- port Systems. 4.a ed. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall; 1995.
sível, o reflexo da unanimidade das opiniões 10. McDonald CJ, Hui SL, Smith DM, et al. Reminders to physicians from
partilhadas. Não é possível haver questionários an introspective computer medical record. A two-year randomized
trial. Ann Intern Med. 1984;100:130-8.
eficazes sem a colaboração de todos os profis- 11. Plano Nacional de Luta Contra a Dor [Internet]. Direcção Geral da
sionais. Neste processo dialéctico de evolução, Saúde; 2001. Disponível em: www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheir-
os/i005651.pdf
é imprescindível que perante a análise crítica dos 12. A. Karci, A. Tasdögen, Erkin Y, et al. Evaluation of Quality in Patient-
resultados, que se vão obtendo com a base de Controlled Analgesia Provided by an Acute Pain Service. Eur Surg
dados, se introduzam alterações ou novas ques- Res. 2003;35:363-71.
tões cujo objectivo seja melhorar a avaliação do 13. Van Der Kerkhof EG, Goldstein DH, Wilson R. A survey of directors
of Canadian academic acute pain management throughout Canada.
ambiente álgico/analgésico do pós-operatório. A Clin Nurse Spec. 2002;49:579-82.
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