Page 417 Guia para o Tratamento da Dor em Contextos de Poucos Recursos

Recetor
Em biologia celular, é uma estrutura na superfície da
célula (ou dentro da célula) que recebe seletivamente
e se liga a uma substância específica. Existem vários
recetores; por exemplo, o recetor da substância P,
molécula que age como mensageiro da sensação de
dor, é porto único na superfície da célula onde a
substância P ancora.
Saúde pública
É o ramo da medicina preocupado com a saúde da
comunidade como um todo. Saúde pública é a
saúde da comunidade. Já foi dito que: “Os cuidados
de saúde são vitais para todos nós algumas vezes,
mas a saúde pública é vital para todos nós o tempo
todo”.
Síndrome de abstinência
A interrupção abrupta de um agonista opióide
administrado repetidamente ou continuamente, ou a
administração de um antagonista, costumam resultar
em síndrome de abstinência. Sinais e sintomas
incluem sudorese, taquicardia, hipertensão, diarréia,
hiperventilação e hiper-reflexia. Consulte também o
verbete sobre “Dependência física”.
Substância P
A substância P é membro da família taquicinina dos
peptídeos que é expressa em neurônios sensitivos.
Funciona como um neurotransmissor ou
neuromodulador estimulatório quando é liberada
centralmente, e como um mediador pró-
inflamatório quando liberada na periferia. Ativa o
recetor da neurocinina-1 que é fator importante na
sensibilização central.
Suicídio assistido pelo médico
Ações do médico que ajudam o paciente a cometer
suicídio. Embora o médico possa dar a medicação, a
prescrição ou tomar outras medidas, o paciente tira
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sua própria vida (por exemplo, engolindo as pílulas
que devem causar a morte). Embora o suicídio
assistido pelo médico seja legal em países como
Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Suíça, ele é ilegal
em todos os outros países do mundo. A expansão
do suicídio assistido pelo médico é considerada
prejudicial e concorre com o desenvolvimento dos
cuidados paliativos. Experiências nos países que
praticam o suicídio assistido pelo médico sugerem
que são incluídos pacientes demais, que não
atendem aos requisitos originais para esse “último
recurso”. Além das discussões legais, o suicídio
assistido pelo médico precisa ser comparado ao
juramento de Hipócrates dos médicos e aos ensinos
religiosos.
Tolerância
Tolerância é a necessidade de aumentar
progressivamente as doses de um agonista para
manter o mesmo efeito (por ex., analgesia). Na dor
crônica, a necessidade de aumentar a dose pode ser
causada por alterações no funcionamento do recetor
(por ex., ligação às proteínas G, segundos
mensageiros) e/ou ao aumento do estímulo
doloroso (por ex., por um tumor que cresceu), entre
outras razões. Felizmente, a tolerância não é comum
em pacientes com dor sensível a opióides. A
tolerância é frequente em pacientes que buscam o
tratamento com opióides para estabilização de
humor. Portanto, em pacientes com dor não
oncológica e doença não progressiva a necessidade
repetida de aumento da dose (em geral a cada 4 a 8
semanas, quando surge tolerância aos efeitos
sedativos e eufóricos dos opióides) deve ser um
sinal de alerta para o uso “inadequado” dos opióides
e a medicação opióide deve ser gradualmente
retirada.