Page 41 Volume 18 - N.2 - 2010
P. 41
Dor (2010) 18
– Auxiliar o desenvolvimento de protocolos the report and recommendations of a Focus on Alternatives workshop.
Neuroimage. 2008;42(2):467-73.
experimentais, tarefas, estímulos e situações- 5. Mogil JS. Animal models of pain: progress and challenges. Nat Rev
controlo relevantes para estudos de neuroi- Neurosci. 2009;10(4):283-94.
magem em humanos. 6. Willner P. Methods for assessing the validity of animal models of
– Apoiar a interpretação de dados de neuro- human psychopathology. Em: Boulton AA, ed. Animal models in
imagem à luz das actuais limitações espaciais psychiatry. Clifton, New Jersey: Humana Press; 1991. p. 1-23.
e temporais das tecnologias de imagem em 7. Blackburn-Munro G. Pain-like behaviours in animals -how human are
they? Trends Pharmacol Sci. 2004;25(6):299-305.
28
humanos . 8. Campbell JN, Meyer RA. Mechanisms of neuropathic pain. Neuron.
No que concerne aos estudos genómicos de 2006;52(1):77-92.
dor em humanos, facilmente se entende que, uma 9. Kontinen VK, Meert TF. Predictive validity of neuropathic pain models
in pharmacological studies with a behavioural outcome in the rat: a
vez identificados genes-alvo, a sua função como systematic review. Em: Dostrovsky JO, Carr DB, Koltzenburg M, eds.
possíveis mediadores de dor só poderá ser real- Proceedings of the 10 World Congress on Pain. Seattle: IASP Press;
th
mente elucidada com estudos em animais (por 2003. p. 489-98.
28
exemplo, em ratinhos transgénicos knock-out) . 10. Rice AS, Cimino-Brown D, Eisenach JC, et al. Animal models and
the prediction of efficacy in clinical trials of analgesic drugs: a
A interpretação de estudos básicos e a sua critical appraisal and call for uniform reporting standards. Pain.
translação para a clínica carece pois de um nú- 2008;139(2):243-7.
mero de variáveis importantes de equacionar. 11. Whiteside GT, Adedoyin A, Leventhal L. Predictive validity of animal
Cabe aos clínicos essencialmente contribuir com pain models? A comparison of the pharmacokinetic-pharmaco-
dynamic relationship for pain drugs in rats and humans. Neurophar-
um sentido crítico construtivo para ajudar a es- macology. 2008;54(5):767-75.
tabelecer uma ponte mais fidedigna entre o que 12. Sullivan KA, Lentz SI, Roberts JL Jr, Feldman EL. Criteria for creating
é estudado a nível básico, os modelos usados e and assessing mouse models of diabetic neuropathy. Curr Drug
Targets. 2008;9(1):3-13.
o modo como a dor é avaliada nos animais e a 13. Tesch GH, Allen TJ. Rodent models of streptozotocin-induced diabetic
real analogia com as situações clínicas com que nephropathy. Nephrology (Carlton). 2007;12(3):261-6.
se deparam. Simultaneamente, o desenho de 14. Fox A, Eastwood C, Gentry C, Manning D, Urban L. Critical evaluation
protocolos para estudos pré-clínicos que visem of the streptozotocin model of painful diabetic neuropathy in the rat.
Pain. 1999;81(3):307-16.
elucidar os mecanismos patofisiológicos da dor, 15. Jourdan D, Ardid D, Eschalier A. Analysis of ultrasonic vocalisation
ou que ambicionem avaliar o potencial terapêu- does not allow chronic pain to be evaluated in rats. Pain. 2002;95(1-
tico de compostos potencialmente analgésicos 2):165-73.
pode beneficiar amplamente dos conhecimentos 16. Wallace VC, Norbury TA, Rice AS. Ultrasound vocalisation by rodents
que os clínicos possam ter das metodologias de does not correlate with behavioural measures of persistent pain. Eur
J Pain. 2005;9(4):445-52.
investigação usadas em modelos animais. Para 17. Calvino B, Besson JM, Boehrer A, Depaulis A. Ultrasonic vocaliza-
que tal colaboração seja profícua, reveste-se de tion (22-28 kHz) in a model of chronic pain, the arthritic rat: effects
of analgesic drugs. Neuroreport. 1996;7(2):581-4.
particular interesse e importância a actualização 18. Han JS, Bird GC, Li W, Jones J, Neugebauer V. Computerized analysis
do clínico no domínio da investigação básica na of audible and ultrasonic vocalizations of rats as a standardized mea-
área, conseguida em boa parte pela leitura de sure of painrelated behavior. J Neurosci Methods. 2005;141(2):261-9.
artigos científicos relevantes. O sucesso dos es- 19. Han JS, Neugebauer V. mGluR1 and mGluR5 antagonists in the
tudos pré-clínicos e a sua passagem para estu- amygdala inhibit different components of audible and ultrasonic vo-
calizations in a model of arthritic pain. Pain. 2005;113(1-2):211-22.
dos clínicos de fase I pode depender em grande 20. Langford DJ, Crager SE, Shehzad Z, et al. Social modulation of pain
parte desta interdisciplinaridade e partilha de as evidence for empathy in mice. Science. 2006;312(5782):1967-70.
conhecimentos entre investigadores básicos e 21. Robinson I, Dowdall T, Meert TF. Development of neuropathic pain
clínicos. Mas também a análise de publicações is affected by bedding texture in two models of peripheral nerve
injury in rats. Neurosci Lett. 2004;368(1):107-11.
mais direccionadas para os clínicos, como revi- 22. Ruskin DN, Kawamura M, Masino SA. Reduced pain and inflamma-
sões sistemáticas, metanálises e estudos epide- tion in juvenile and adult rats fed a ketogenic diet. PLoS One.
miológicos pode contribuir significativamente para 2009;4(12):e8349.
a ampliação de conhecimentos que podem ajudar 23. Hagiwara H, Kimura F, Mitsushima D, Funabashi T. Formalin-induced
nociceptive behavior and c-Fos expression in middle-aged female
o clínico no processo de decisão com que se rats. Physiol Behav. 2010;100(2):101-04.
depara na prática diária. A propósito da interpre- 24. LaPrairie JL, Murphy AZ. Long-term impact of neonatal injury in male
tação e aplicação das conclusões deste tipo de and female rats: Sex differences, mechanisms and clinical implica-
tions. Front Neuroendocrinol. 2010;31(2):193-202.
estudos na prática clínica, que pode nem sempre 25. Hubscher CH, Fell JD, Gupta DS. Sex and hormonal variations in
ser directa, existem alguns artigos que discutem the development of at-level allodynia in a rat chronic spinal cord
como avaliar a sua aplicabilidade e a relevância injury model. Neurosci Lett. 2010;477(3):153-6.
clínica, e que são alguns deles directamente 26. Snidvongs SHA. Role of sex and gender differences in response to
analgesic medication. paineurope. 2009;4:8-9.
dirigidos para a prática de Medicina da Dor 29-32 . 27. Mogil JS, Bailey AL. Sex and gender differences in pain and anal-
gesia. Prog Brain Res. 2010;186:141-57.
Bibliografia 28. Mogil JS, Davis KD, Derbyshire SW. The necessity of animal models
in pain research. Pain. 2010;151(1):12-7.
1. Lascelles BDX, Flecknell PA. Do Animal Models Tell Us about Human 29. Chou R. Using evidence in pain practice: Part I: Assessing quality
Pain? Em: Pain Clinical Updates. Seattle: IASP Press; 2010. p. 1-6. of systematic reviews and clinical practice guidelines. Pain Med.
2. Chizh BA, Priestley T, Rowbotham M, Schaffler K. Predicting thera- 2008;9(5):518-30.
peutic efficacy -experimental pain in human subjects. Brain Res Rev. 30. Chou R. Using evidence in pain practice: Part II: Interpreting and
2009;60(1):243-54. applying systematic reviews and clinical practice guidelines. Pain
3. Chizh BA, Greenspan JD, Casey KL, Nemenov MI, Treede RD. Med. 2008;9(5):531-41.
Identifying biological markers of activity in human nociceptive 31. Mansfield L. The reading, writing, and arithmetic of the medical literature,
pathways to facilitate analgesic drug development. Pain. 2008; part 1. Ann Allergy Asthma Immunol. 2005;95(2):100-7; quiz 107-8.
DOR 4. Langley CK, Aziz Q, Bountra C, et al. Volunteer studies in pain re- 32. Mansfield L. The reading, writing, and arithmetic of the medical lit-
140(2):249-53.
erature, part 2: critical evaluation of statistical reporting. Ann Allergy
40 search – opportunities and challenges to replace animal experiments: Asthma Immunol. 2005;95(4):315-21; quiz 322, 380.