Page 25 Dor Neuropática
P. 25



• TENS – na dor focal ou regional

– Bloqueios – efeito temporário
– Estimulação medular – 50% dos casos é eficaz
– Estimulação cortical e talâmica
– Drezotomia



Dor fantasma

Sensações dolorosas que aparentam ter origem numa parte do corpo
que foi amputada, designadamente membros, mama, pénis, ânus, glo-
bo ocular, dentes... Podem ser tipo queimadura, picadas, cãimbras,
guinadas.

O termo dor fantasma pode também ser aplicado a qualquer parte
do corpo que está totalmente desnervada e não amputada.

É rara nos amputados congénitos ou em crianças amputadas com
idade inferior a 6 anos, depreendendo-se que tem de haver um certo
grau de maturidade do sistema nervoso central. A dor fantasma está
incluída nos tipos de dor por desaferenciação (ver quadro), tem um
mecanismo de acção predominantemente central.
A fisiopatologia da dor fantasma envolve interacções complexas
neuronais ao nível do cérebro, mas não num local específico. De um
modo genérico, há a considerar: a dor aguda pós-amputação e a poten-
cial dor fantasma.

Muito se tem escrito nestas duas últimas décadas sobre este tema,
foram feitas tentativas para minimizar a dor no coto e prevenir a dor
fantasma com bloqueios nervosos e/ou opióides i.t. pré- (3 dias antes),
intra- e pós-cirurgia, que revelaram ser eficazes em alguns casos.

Durante a cirurgia e no pós-operatório o coto deve ser tratado com
a maior cautela; a sua torção leva a um agravamento do quadro álgico.
Praticamente todos os doentes amputados referem sensações virtuais
na porção amputada do membro (sensação de movimento, posiciona-
mento e temperatura). Não devemos pensar que é um exagero as
queixas de sensações/dor fantasma no doente amputado. Num questio-
nário efectuado a 7.000 amputados, 80% referiram dor e/ou sensações
desagradáveis causando graves problemas no trabalho, sono e activida-
des sociais, alguns uma semana/ano, outros todo o ano, outros ainda
referiam dor contínua de intensidade variável todo o ano. Muitos doen-
tes não falam da sua dor fantasma pensando que as pessoas o podem
catalogar como doente mental.


18
   20   21   22   23   24   25   26   27   28   29   30