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II Parte



Síndromas específicas







Síndroma álgica regional complexa (CRPS)

Historial

Há 150 anos já Sir Wein Michell descrevia uma síndroma álgica complexa
com componente autonómico, relacionado com lesões do nervo periférico.
O tipo da dor e as alterações relacionadas com o sistema simpático
levaram os clínicos a caracterizar melhor esta síndroma. Em 1979 Bo-
nica classificou-o como distrofia simpática reflexa/causalgia, equacio-
nado por hiperactividade do sistema simpático e ser este o responsável
pelo quadro álgico.
Todos os cientistas e clínicos estavam de acordo de que existia um
compromisso do sistema simpático e muitos trabalhos foram publica-
dos sobre este tema. Só em 1993, por consenso dos vários departamen-
tos de dor, introduziu-se o termo “síndroma álgica regional complexa”
(CRPS tipo I* e II*) – IASP.

Em 1998 Stanton-Hicks, et al. elaboraram os critérios de diagnóstico:
1. Não haver prova precedente de lesão de nervo (CRPS tipo I).
Haver aparente prova de lesão (CRPS tipo II).

2. Presença de dor espontânea ou hiperálgica não limitada ao terri-
tório do nervo lesado e com dor desproporcionada em relação à lesão.

3. Presença de edema, alterações da temperatura e sudorese na
porção distal do membro.
4. Exclusão de outras hipóteses de diagnóstico.

Estes critérios, embora suficientes na clínica, não tinham especifi-
cidade.
Em 1999, Bruchl, et al. acrescentam nos seus trabalhos mais alguns
sinais: alteração da coloração de pele, alterações motoras e tróficas.
A incidência do CRPS I (distrofia simpática reflexa) é muito mais
frequente que a do CRPS II (causalgia).


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