Page 32 Dor Neuropática
P. 32
Comparada com outras síndromas álgicas crónicas, como as enxa-
quecas e as lombalgias, a nevralgia pós-herpética é pouco comum. Pode
aparecer um mês, 3 meses, 6 meses ou anos após a erupção cutânea do
herpes zoster.
Alguns estudos sugerem que, nos casos em que a dor se prolongue
por um ano, há um risco considerável de que a dor se mantenha por
muitos anos (Watson, et al., 1991; Helgeson, et al., 2000).
Percentagem de doentes com herpes zoster e nevralgia
pós-herpética com um ou variados tipos de alodinia ou hiperalgesia
Herpes zoster fase aguda Nevralgia pós-herpética
Haanpaa, Nurmikko, Nurmikko Pappagallo, Rowbothan
et al., 1999 et al., 1991 e Bowsher, et al., 2000 e Fielder,
(n = 113) (n = 31) 1990 (n = 42) (n = 63) 1996 (3 = 5)
Alodinia mecânica 45 55 87 78 100*
Dinâmica 32 55 87 60 100
Estática 31 ND ND 52 ND
À picada ND ND ND 37 ND
Estiramento 17 ND 17 ND ND
da pele
Hiperalgesia 40
Calor 11 25 8 29 34
Frio ND ND 10 17 ND
ND – não determinado
*Doentes escolhidos na base da alodinia
Os tipos de dor no herpes zoster ou na nevralgia pós-herpética é muito
variável (ver quadro página anterior). Em ambas as situações tanto a dor
espontânea como a dor provocada pode dominar o quadro álgico.
Abordagem terapêutica do herpes zoster/nevralgia
pós-herpética
A terapêutica deve ser o mais precocemente administrada:
• Na fase aguda
Terapêutica antiviral (aciclovir) 4-5 g/dia de preferência e.v. durante
7 a 10 dias.
Antidepressivos tricíclicos – amitriptilina 25-50 mg/dia
Anti-inflamatórios não esteróides
Opióides (se necessário)
Corticóides locais (oftálmico/trigémio)
25