Page 36 Dor Neuropática
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A clínica das síndromas neuropáticas nos doentes diabéticos inclui
disfunção de praticamente todos os segmentos somáticos periféricos e
sistema nervoso autónomo. Cada síndroma pode ser distinguido nas
suas vertentes fisiopatológicas terapêuticas e prognósticas.
A diabetes pode lesar as fibras pequenas e as fibras maiores ou
ambas. As pequenas, de aparecimento mais precoce, com dor e hipe-
ralgesia, diminuição da sensibilidade térmica e táctil. As fibras maiores
podem envolver lesões sensoriais e/ou motoras.
Opções terapêuticas nas polineuropatias
Tratamento de causa e terapêutica antiálgica
Terapêutica medicamentosa
Antidepressivos tricíclicos Dose inicial Manutenção
Amitriptilina 25-50 mg/dia 75-150 mg/dia
Antiepilépticos
Gabapentina 300 mg/dia 2.400-4.500 mg/dia
Carbamazepina 50 mg/dia 1.200-1.800 mg/dia
Clonazepam 0,5 mg/dia 2 mg/dia
Fenitoína 50 mg/dia 300 mg/dia
Mexiletina 100 mg/dia 600-900 mg/dia
Clonidina 50 µg/dia 75 µg/dia
Tramadol 50-100 mg/dia 200-400 mg/dia
Aplicações tópicas
Capsaicina creme
Anestésico local – lidocaína patch
Lidocaína e.v.
5 mg/kg peso em 30 min (monitorização cardíaca e de TA). Mais
usada nas parestesias persistentes)
Bloqueio simpático
Bloqueios do gânglio estrelado e do simpático lombar
Guanitidina e.v.
1,25-30 mg em 20-50 ml de soro fisiológico (+usado na dor tipo
queimadura)
Neuromodulação
TENS (estimulação eléctrica transcutânea)
Estimulação espinhal
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