Page 12 Manual de Interações medicamentosas no tratamento da dor crónica
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A polifarmácia, que vai aumentando com a idade na medida em que se vão
associando doenças crónicas, problema que é exacerbado pela multiplici-
dade de especialistas envolvidos no tratamento do doente, muitas vezes
sem comunicação entre si. Neste círculo aberto de tratamento do doente
pode haver detecção tardia ou mesmo não reconhecimento de IM clinica-
mente relevantes;


A inexistência de um clínico “provedor” do doente, com uma abordagem
holística, na perspectiva de poder reduzir/retirar fármacos de menor ou
pouca utilidade na situação em apreço;


Os polimorfismos genéticos que contribuem de forma importante para a
variabilidade individual; as vias metabólicas envolvidas no metabolismo de
fármacos têm a sua atividade, entre outras, condicionada pela idade, sexo,
doenças concomitantes, medicações administradas anteriormente e pelos
polimorfismos genéticos que regulam as diferentes expressões enzimáticas.
(Shannon, 2007)


Estima-se que a genética poderá ser responsável por 20-95% da variabili-
dade na resposta e toxicidade, e que 86% dos fármacos envolvidos em IM
são metabolizados pela via do Citocromo P (CYP). (Scripture & Figg, 2006)





















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