Page 18 Volume 9, Número 4, 2001
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F. Abreu, M. Garcia, T. Ramos, C. Reis, T. Sousa: Os Serviços Farmacêuticos e a Unidade de Dor
problema que possa ocorrer inerentes a fármacos, ➔ Informar a Comissão de Farmácia e Terapêutica
doses, prazos de validade, stocks, etc. quer a nível técnico, científico ou económico do
➔ Num diálogo aberto e informativo com as equipas interesse ou não na aquisição de novos fármacos
de enfermagem envolvidas também na prestação (ou formas farmacêuticas) ou retirada de outros.
de cuidados aos doentes da “dor”, quer a nível da ➔ Pedidos de autorização ao CA para fornecimento
consulta externa quer a nível dos serviços de gratuito e ao ambulatório hospitalar de determina-
Internamento. dos fármacos, estabelecendo-se normas e circuitos
Todos estes reflexos, que hoje são bem visíveis no que viabilizem todo o processo de fornecimento
nosso hospital, obrigaram e continuam a obrigar, os aos doentes da “dor” sem ultrapassar toda a legis-
nossos serviços a uma “abertura” para toda a problemá- lação específica.
tica com que se debatem todas as pessoas envolvidas Prestadores de serviços farmacêuticos a farmácia
nesta luta, e num agir em conformidade com esta nova hospitalar pretende, em interacção com a Unidade da
mentalidade. Dor, promover a saúde e o bem-estar da pessoa
Todo este cenário só é possível porque na estrutura facilitando e desburocratizando todo o processo de
hospitalar os serviços farmacêuticos desempenham um fornecimento de fármacos, reduzindo os custos e os
papel de ponte entre diferentes sectores hospitalares: Área riscos, facilitando o acesso à terapêutica e uma informa-
Económica, Direcção Clínica e Conselho de Administração ção prática e acessível a todos.
e ainda entre diferentes classes profissionais – médicos, Seguindo os princípios éticos a que estão obrigados,
enfermeiros, técnico de farmácia, administrativos, etc. orientados para uma gestão criteriosa dos bens comuns
Pode mesmo dizer-se que de um modo geral e nos – que são os medicamentos, regendo-se por uma polí-
diferentes aspectos de todo o processo que vai desde tica de humanização dos serviços, perseguindo os
a aquisição à distribuição dos fármacos compete a mesmos objectivos para o homem que as organizações
estes serviços: internacionais, conhecedores de um princípio universal
➔ Fornecer informação sobre o fármaco pretendido: da medicina do séc. XXI que diz: ”ninguém deveria
compatibilidades, estabilidades, efeitos laterais e padecer de dor desnecessariamente”, os serviços far-
tóxicos, interacções, etc. macêuticos do CHF aceitam o grande desafio que, nos
➔ Fornecer informações sobre fármacos alternativos: tempos correntes, é colocado a todos os profissionais
vantagens e desvantagens; estudos comparativos de saúde – colocar todos os meios e forças de que
relativamente a eficácias e eficiências. dispõem para evitar que qualquer ser humano experi-
➔ Fornecer informações relativas a custos e estudos mente a dor ou o sofrimento e possa usufruir do máximo
farmaco-económicos. bem-estar possível.
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