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Figura 4. A) Histograma de perieventos apresentando o efeito da estricnina no TLR de dois neurónios com respostas
à estimulação inócua no período pré- e pós-aplicação. O neurónio 1# apresenta um aumento da latência de resposta de
72 para 87 ms (aumento de 15 ms), o neurónio 2# apresenta uma diminuição da latência de resposta de 83 para 76 ms
(diminuição de 7 ms). B) Percentagem de neurónios que revelaram alterações nos valores de TLR. Cinquenta e seis por
cento dos neurónios apresentaram alterações na sua latência. C) Variação da percentagem de neurónios por intervalos
de latência para a células com um aumento da latência. D) Variação em intervalos de latência para as células com uma
diminuição do TLR após aplicação de estricnina.
classificação global das respostas das células células à estimulação. No grupo mais significa-
nos dois períodos (pré- e pós-estricnina) é tam- tivo de células (116 em 200) esta alteração foi
bém de assinalar o facto de o número de células no sentido do aumento do nível de resposta para
LT e NR não se ter alterado significativamente, o mesmo estímulo. Este facto pode estar asso-
enquanto o número de células WDR revelou um ciado a uma sensitização da medula espinhal
importante acréscimo e o número de NS uma induzida pela redução da inibição dos interneu-
redução. rónios da via glicinérgica pela estricnina. Por
DOR cação de estricnina mostrou a existência de al- outro lado, esta sensitização poderá estar aco-
A análise do período de 60 min após a apli-
plada ao desenvolvimento de alodinia e hiperal-
34 terações a nível da amplitude das respostas das gesia secundária, por redução da sensibilização