Page 70 Guia para o Tratamento da Dor em Contextos de Poucos Recursos
P. 70
54
Como reagir caso o doente peça para acelerar a resource-limited settings. In: Gwyther L, Merriman A,
morte? Mpanga Sebuyira L, Schietinger H, editores. A clinical
guide to supportive and palliative care for HIV/AIDS in
Sub-Saharan Africa. Kampala: African Palliative Care
Os cuidados paliativos, por definição, não aceleram Association; 2006.
nem adiam a morte. A eutanásia ativa não é um [6] Gwyther L, Merriman A, Mpanga Sebuyira L, Schietinger
tratamento médico, pelo que não pode fazer parte H. A clinical guide to supportive and palliative care for
dos cuidados paliativos. No entanto, existem alguns HIV/AIDS in Sub-Saharan Africa. Kampala: African
Palliative Care Association; 2006.
doentes em cuidados paliativos, que solicitam o [7] Hearn J, Higginson IJ. Development and validation of a
suicídio assistido ou a eutanásia ativa ou ainda core outcome measure for palliative care: the palliative
outras formas de acelerar a morte. care outcome scale. Palliative Care Core Audit Project
Na maior parte dos países, suspender ou retirar um Advisory Group. Qual Health Care 1999;8:219-27.
tratamento de suporte de vida é legal e eticamente [8] Materstvedt LJ, Clark D, Ellershaw J, Forde R,
aceitável, pelo que a redução do tratamento pode Gravgaard AM, Muller-Busch HC, Porta i Sales J, Rapin
CH. Euthanasia and physician-assisted suicide: a view
representar uma opção. Em casos selecionados, de from an EAPC Ethics Task Force. Palliat Med
sofrimento intolerável, a sedação paliativa pode 2003;17:97-101; discussion 102-79.
estar indicada. À maior parte dos doentes que [9] Nieuwmeyer SM, Defilippi K, Marcus; C., Nasaba R.
solicitam uma morte rápida, deve ser oferecida uma Loss, grief and bereavement. In: Gwyther L, Merriman
A, Mpanga Seguyira L, Schietinger H, editores. A clinical
exploração mais detalhada e cuidados ainda mais guide to supportive and palliative care for HIV/AIDS in
empáticos. Muitas vezes a afirmação «Já não quero Sub-Saharan Africa. Kampala: African Palliative Care
viver mais» significa «Já não quero viver mais, Association;2006.
assim», e a comunicação sobre os problemas ou os [10] Powell RA, Downing J, Harding R, Mwangi-Powell F,
medos pode ajudar a aliviar o desejo de acelerar a Connor S. Development of the APCA African Palliative
morte. Para a maioria dos doentes, é possível Outcome Scale. J Pain Symptom Manage 2007;33:229-
32.
encontrar uma solução que lhes permita passar o [11] Puchalski C, Romer AL. Taking a spiritual history allows
resto dos seus dias com uma qualidade de vida clinicians to understand patients more fully. J Palliat Med
aceitável. 2000;3:129-37.
[12] Sepulveda C, Marlin A, Yoshida T, Ullrich A, Palliative
Referências care: the World Health Organization’s global perspective.
J Pain Symptom Manage 2002;24:91-6.
[13] World Health Organization. Cancer pain relief and
[1] Baile WF, Buckman R, Lenzi R, Glober G, Beale EA, palliative care – report of a WHO expert committee.
Kudelka AP. SPIKES: a six-step protocol for delivering WHO Technical Report Series No. 804. Geneva: World
bad news: application to the cancer patient. Oncologist Health Organization; 1990.
2000;5:302-11.
[2] Buccheri G, Ferrigno D, Tamburini M. Karnofsky and
ECOG performance status scoring in lung cancer: a Sítios na Web
prospective, longitudinal study of 536 patients from a
single institution. Eur J Cancer 1996;32:1135-41.
[3] Chang VT, Hwang SS, Feuerman M. Validation of the World Health Organization (2004) Integrated Management of
Edmontont Symptom Assessment Scale. Cancer Adult Illnesses, palliative care: symptom management and end
2000;88:2164-71. of life care,
[4] Conill C, Verger E, Salamero M. Performance status http://www.who.int/3by5/publications/documents/imai/en/
assessment in cancer patients. Cancer 1990:65:1864-6. (Acedido em 25 de Novembro de 2008).
[5] Downing J, Finsch L, Garanganga E, Kiwanuka R,
McGilvary M, Pawinski R, Willis N. Role of the nurse in