Page 18 Volume 13 - N.4 - 2005
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A. Manjón, C. Oliveira: Dor na Criança Até aos Três Anos
Quadro 4. Escala OPS (Objective Pain Scale) Quadro 5. Escala CHEOPS
Observação Critérios Pontuação Item Comportamento Pontuação
Tensão arterial Cerca de 10% valores 0 Choro Sem choro 1
pré-operatórios Gemidos, choro 2
20% superior a valores 1 Gritos 3
pré-operatórios Expressão facial Sorriso 0
30% superior a valores 2 Neutra 1
pré-operatórios Lacrimejo, esgar de dor 2
Choro Sem choro 0 Verbalização Sem queixas, positiva 0
Choro ligeiro (confortável) 1 Nenhuma 1
Inconsolável 2 Outras queixais que não dor 1
Movimento Nenhum 0 Queixa de dor 2
Inquieto 1 Movimento Neutro 1
Agitado 2 corporal Agitação, movimentos 2
desordenados, rigidez
Agitação A dormir 0
Tranquilo mas atento 1 Toque da ferida Nulo 1
Descontrolado 2 Desejo ou acto de tocar
a ferida
Postura Nenhuma 0 Extremidades Em repouso ou movimentos 1
Flexão 1 inferiores ocasionais
Agarrado à zona cirúrgica 2
Movimentos incessantes, 2
Queixas verbais Não refere dor 0 pontapear
Refere dor, sem localizar 1 Em pé, posição genopeitoral, 2
Localiza dor 2 agachado
conveniente que a OPS: não tem utilidade em Cotação:
cuidados intensivos. 0 Criança activa, dinâmica e feliz.
Em crianças ventiladas, a escala de eleição é 1 Aparentemente afectada.
a COMFORT (Quadro 6). Para além da resposta 2 Pelo menos um dos seguintes sinais presen-
ventilatória, avalia também o estado de consci- tes: traços do rosto pouco expressivos, olhar
ência, agitação, movimentos, tónus muscular, triste, voz monótona, lentificação verbal.
expressão facial e o choro no caso de ventilação 3 Apresenta vários dos sinais mencionados
espontânea. na cotação 2.
A recolha dos dados deverá estar concluída 4 Fácies inexpressivo, olhar distante, fala com
ao fim de dois minutos controlados por relógio, esforço.
sendo o tónus corporal o último parâmetro a
determinar. A medicação analgésica não está Item 3 – Protecção espontânea das zonas dolorosas
contemplada até aos 17 pontos. Evita constantemente o contacto com pontos
A DEGR (Douleur Enfants Gustave Roussy) dolorosos.
avalia a dor visceral, somática e neuropática e Cotação:
é utilizada em situações de dor crónica. Inclui 0 Não demonstra qualquer preocupação em
10 itens que passamos a descrever. se proteger.
1 Evita movimentos súbitos.
Item 1 – Posição antiálgica em repouso 2 Protege-se evitando e desviando-se de algo
Espontaneamente, é evitada ou adoptada que a possa tocar.
uma postura particular para aliviar a tensão de uma 3 Preocupa-se em evitar qualquer contacto
zona dolorosa. A avaliação deverá ser feita com com uma região específica do seu corpo.
a criança em repouso, deitada ou sentada. Não 4 Toda a atenção está voltada para a protec-
confundir com a atitude antiálgica ao movimento. ção da zona dolorosa.
Cotação:
0 Ausência de posição antiálgica. Item 4 – Queixas somáticas
1 Parece evitar certas posições. Este item refere-se ao modo como a criança
2 Evita certas posições, mas sem ficar inco- verbaliza a dor, espontaneamente ou quando
modada. questionada durante a observação.
3 Adopta posição antiálgica evidente, que lhe Cotação:
proporciona algum alívio. 0 Sem queixas.
4 Procura posição antiálgica sem sucesso. 1 Queixas neutras (sem expressão afectiva e
sem esforço em comunicar).
Item 2 – Expressividade facial 2 Fácies expressiva que acompanha a queixa
Avalia a capacidade em reprimir e transmitir ou verbalização da dor. DOR
certos sentimentos e emoções com a expressão 3 Cotação 2 mais: chamada de atenção para
facial, olhar e alterações do tom de voz. informar que dói, pedido de analgesia. 17