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Dor (2006) 14
• Cerca de 25-50% das injecções sem con-
trolo imagiológico são efectuadas num
local não óptimo no que se refere à inter-
venção na coluna vertebral (El-Khoury GY,
Cluff, et al. ).
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A crescente importância da radiologia de in-
tervenção é potenciada pela utilização de téc-
nicas minimamente invasivas, com indicações
cada vez mais abrangentes e que obviam fre-
quentemente a necessidade cirúrgica.

Técnicas
– Intervenção directa a nível do tumor com
fins analgésicos. Figura 1. Doente durante o tratamento por radiofrequência.
– Revascularização.
– Bloqueios.
– Infiltrações. – Hospitalização média (2,9 dias nas mio-
– Neurólise. mectomias – 0 dias embolizações).
– Discografia e nucleotomia percutânea. – Uso de narcóticos (8,7 dias nas miomecto-
– Osteoplastia. mias – 5,1 dias embolizações).
– Fotocoagulação laser (osteoma osteóide). – Retoma da actividade normal (36 dias nas
– Neuroestimulação. miomectomias – 8 dias embolizações).
A necessidade de avaliar a dor, de forma re-
produtível, sensível e fácil de usar para atestar Etanol
a eficácia destes procedimentos, levou que a (Injecção percutânea orientada por TC) (Sei-
grande maioria dos estudos utilizassem a VAS bel RMM ).
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(visual analogue scale) como escala de dor. – 110 doentes; objectivo paliativo (estádio
M1 sem resposta à quimioterapia e radio-
Intervenção directa a nível do tumor com terapia); grandes dimensões tumorais;
fins analgésicos por vezes associação de mitoxantron ao
Técnicas de ablação tumoral, térmica ou quí- etanol.
mica, minimamente invasivas, percutâneas, orien- – Resultados: 80% obteve redução significa-
tadas por técnicas de imagem (ecografia, TC, tiva das queixas álgicas; sem complicações
RM, fluoroscopia): major.
– Radiofrequência (RF).
– Microondas. RF (Fig. 1)
– Laser. Através da agulha, aplica-se corrente alter-
– Crioablação. na de alta frequência que provoca oscilação
– Foco de ultra-som de alta intensidade. de iões do tecido circundante, que por meca-
– Quimioembolização (p. ex. tumores hepá- nismo de atrito libertam energia em forma de
ticos). calor (temperatura alvo – 60-100 °C) (Gangi,
– Embolização (p. ex. miomas uterinos). et al. ).
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– Álcool. – Indicação na dor refractária por metástases
Indicações possíveis: neoplasias malignas pri- ósseas (excluindo localização a menos
márias e secundárias (cérebro, musculoesque- de 1 cm da espinal medula vs utilização de
lético, tiróide e paratiróide, pâncreas, rim, útero, método bipolar – lesões predominantemen-
pulmão, mama e fígado). te blásticas).
– Redução significativa das queixas álgicas
Embolização de miomas uterinos – 80-95%.
(libertação de partículas, após a cateterização – Complicações – 0-7%.
arterial selectiva) (Razavi MK, et al. ).
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– 111 doentes (44 miomectomias – 67 embo- Revascularização (Fig. 2)
lizações). São várias as técnicas percutâneas que po-
– Seguimento durante 14 meses. dem ser utilizadas para o tratamento das lesões
– Sucesso em relação a: vasculares, contribuindo para o aumento da ac-
• Menorragias (64% miomectomias – 92% tividade e diminuição das complicações asso-
embolizações). ciadas à isquemia, tendo papel antiálgico im-
• Dor (54% miomectomias – 74% emboliza- portante, inclusive como atitude para salvar o
DOR – Complicações (25% miomectomias – 11% membro isquémico.
ções).
– Angioplastia.
36 embolizações). – Crioplastia.
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