Page 37 Volume 18 - N.3 - 2010
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Dor (2010) 18




















Figura 5. Unidade de Dor do Hospital Central de Maputo. Figura 6. Unidade de Dor do Hospital Central de Maputo.






possam adquirir todas as capacidades e os formações sobre o tratamento da dor serão reali-
meios necessários para gerirem os CCDJ, no zadas pela equipa da Unidade da Dor do HCM.
plano técnico, organizacional e financeiro. Cada
associação deverá encontrar a sua especializa- Reforço das formações sobre o tratamento
ção, de acordo com a realidade em que está da dor e dos cuidados paliativos
inserida – cooperativa, venda dos produtos das
formações vocacionais. Uma formação sobre o tratamento da dor, em
cada província, para os profissionais de saúde
Dor e cuidados domiciliários é o objectivo a atingir até ao final de 2012.
Os hospitais centrais de Maputo (na cidade
Se a relação entre os cuidados domiciliários de Maputo), da Beira (na província de Sofala) e
(CD) e as APS está numa fase de implementa- de Nampula (na província de Nampula) já bene-
ção, a interligação entre as diferentes activida- ficiaram de uma formação sobre avaliação e
des da DSF – dor, CD e APS – parecem cada tratamento da dor.
vez mais evidentes, com a possibilidade de se Numa segunda etapa, será necessário abran-
transformarem e se organizarem numa rede de ger, para além dos hospitais centrais e provin-
cuidados para o «tratamento da dor e cuidados ciais, os médicos dos hospitais secundários,
paliativos». principalmente ao nível dos distritos.
Existe um maior envolvimento da Unidade de A formação de formadores será privilegiada,
Dor do HCM nas actividades de CD, reforçando de forma a garantir a sua continuidade.
o sistema de referenciação e a formação dos A DSF apoiará os responsáveis da Unidade
ACD, dos médicos e enfermeiros. de Dor do HCM na implementação de um DU
Em 2010, a Unidade de Dor do HCM afirmou-se sobre o tratamento da dor e cuidados paliativos.
definitivamente como centro de referência da Esse diploma será reconhecido pela Faculdade
dor a nível nacional, com a prestação de apoio de Medicina da Universidade Eduardo Mondla-
técnico a várias ONG que recorreram a esta ne (UEM) e pelo Ministério da Saúde.
unidade, autonomizando-se na organização das
formações para profissionais de saúde de nível I
(Figs. 5-7). Actividades na província de Sofala
Na sequência das formações anteriormente Na província de Sofala existem vários projec-
efectuadas com a Faculdade de Medicina da tos para o desenvolvimento de actividades:
Universidade de Maputo, a DSF estabeleceu – Reforçar a consulta de dor no HCB.
uma parceria com a Unidade de Dor do HCM – Promover os cuidados domiciliários, inte-
para a realização de um programa de formação grando nestes a avaliação e o tratamento
contínua destinado aos diferentes parceiros na da dor.
área da saúde, garantindo uma qualidade e con- Desde agosto de 2009, a DSF apoia duas
tinuidade das actividades iniciadas. associações comunitárias, «Mães Intercesso-
No plano operacional, proceder-se-á a uma mo- ras» e «Muchassecane», para o desenvolvimen-
dificação da natureza das missões externas: a to de uma rede de ACD.
partir de 2011, estas missões serão vocacionadas Já estão criadas a ligação com o CERPIJ do
DOR para apoio técnico a formações mais específicas HCB (cuja criação foi suportada pela DSF em
2008-2009) para a referenciação de crianças no
e especializadas, no âmbito do diploma universi-
36 tário (DU) ou da formação contínua. No futuro, as domínio psicossocial.
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