Page 36 Volume 18 - N.3 - 2010
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D. Correia: Douleurs Sans Frontières


















Figura 3. Associação Comunitárias em Sofala. Figura 4. Uma consulta no Domicílio em Gaza.






• Formação, supervisão técnica e apoio lo-  O processo de integração da avaliação
gístico a uma rede de 25 ACD que pres- e do tratamento da dor nos cuidados
tam cuidados nos domicílios de pessoas domiciliários iniciada com uma forma-
com doenças crónicas, e apoio psicosso- ção-piloto de ACD em fevereiro de
cial a crianças órfãs e vulneráveis. 2010, no distrito de Chibuto, permitiu
• Suporte financeiro e material a três asso- uma ligação entre as duas vertentes do
ciações comunitárias: programa da DSF (cuidados domiciliá-
 Mães Intercessoras, Muchassecane e rios e controlo da dor).
PACO. • As actividades e as estratégias de inter-
– Valores e princípios defendidos pelo pro- venção em Moçambique assentam essen-
grama da DSF em Moçambique: cialmente no reforço das capacidades
• O acesso à saúde é um direito fundamen- dos diferentes intervenientes, institucio-
tal e universal. nais ou não-governamentais.
• O tratamento da dor e o alívio do sofri- • A diversidade e o número de parceiros,
mento é um direito inalienável de todo o institucionais, associativos ou comunitá-
indivíduo. rios, nos diferentes níveis (nacional, pro-
• Prestar uma atenção particular às popu- vincial ou distrital), nos diversos contextos
lações mais vulneráveis. (urbano, rural, em províncias diferentes)
• Intervir tendo em consideração as neces- representam uma enorme riqueza para o
sidades particulares das mulheres, dos programa.
jovens, das pessoas em situação de de- • Na província de Gaza, na área psicosso-
ficiência, com doença crónica, particular- cial, foram identificadas novas necessida-
mente o VIH/SIDA, e nas crianças órfãs, des: orientação dos mais vulneráveis.
sem qualquer discriminação de origem • No domínio dos cuidados domiciliários, o
étnica e racial, religiosa, de sexo ou de projecto-piloto da avaliação e do trata-
orientação sexual. mento da dor (e da sua eventual orienta-
• Efectuar uma abordagem participativa, ção para os cuidados paliativos), iniciado
pluridisciplinar, numa dinâmica colectiva, em 2010, e a abertura de uma consulta
apelando à coordenação entre os cuida- da dor no Hospital Provincial de Xai Xai,
dores, à participação dos doentes e suas no início de 2011, justificam o reforço das
famílias, contribuindo para centrar os sis- actividades na província.
temas de saúde nos doentes e melhorar
a qualidade dos cuidados (Fig. 4).
– O processo de reorganização interna do pro- Reforço das associações
grama da DSF em Moçambique, iniciado em Em 2009 foi iniciado o processo de transferên-
2008, teve como consequência e resultado: cia dos CCDJ para as associações comunitárias,
• O estreitamento e interligação entre as através de actividades de reforço institucional e
três vertentes do programa, possibilitando organizacional das organizações comunitárias
uma abordagem holística das actividades de base (OCB), com o objectivo de contribuir
em curso: para a sua autonomização. Todas as OCB apoia-
 A combinação das actividades de cui- das pela DSF são hoje associações reconhecidas
dados domiciliários e de apoio psicos- legal e oficialmente. DOR
social dos ACD, permitindo um trabalho Será reforçado este acompanhamento nos pró-
mais eficaz no terreno. ximos 3 anos, permitindo que essas associações 35
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