Page 22 Volume 19 - N2 - 2011
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A. Lima, et al.: Estudos de Velocidades de Condução em Doentes com Fibromialgia Versus Controlos Saudáveis

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65 55
VCS nervo cubital 55 VCS nervo peroneal 50 © Permanyer Portugal 2011
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50
45 45

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Grupo Grupo Grupo Grupo
de estudo de controlo de estudo de controlo
Grupo Grupo
Figura 4. Distribuição VCS nervo cubital. Figura 6. Distribuição VCS nervo peroneal.






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75 70
VCS nervo radial 65 VCS nervo sural 60
70



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55 50
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Grupo Grupo Grupo Grupo
de estudo de controlo de estudo de controlo
Grupo Grupo Sem o consentimento prévio por escrito do editor, não se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publicação

Figura 5. Distribuição VCS nervo radial. Figura 7. Distribuição VCS nervo sural.




da microcirculação e relaxamento muscular Um estudo prospectivo de 2003, desenhado
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insuficiente , condicionando fenómenos hipó- para comparar a avaliação electroneurofisioló-
xicos que levam à activação de nociceptores gica de doentes com FM e parestesias e a de
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intramusculares . Além disso, foi também revela- controlos saudáveis, não encontrou evidência
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da inflamação neurogénica em biopsias de pele . de polineuropatia periférica na FM, e refere exis-
O sistema nervoso periférico tem sido pouco tirem neuropatias de compressão mais frequen-
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estudado no contexto da FM. Foram encontra- tes na FM (27%) do que na população geral .
dos estudos feitos com potenciais evocados No nosso estudo, foram encontrados de forma
com laser que revelaram sensibilização periféri- consistente um aumento da velocidade de con-
ca de fibras C e outros feitos com estudos de dução e uma diminuição da latência nos doentes
detecção com eléctrodos de agulha que não com FM, mais significativos nos estudos depen-
evidenciaram fenómenos de desnervação ou es- dentes da condução sensitiva. Estes resultados
pasmo focal . vêm colocar a hipótese da existência de um
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Foram encontrados apenas dois trabalhos rea- fenómeno de hiperexcitabilidade periférica, com
lizados com estudos de velocidades de condução maior velocidade de condução dos estímulos no-
em doentes com FM. Um estudo retrospectivo de ciceptivos, que poderia contribuir para explicar
1988, cuja metodologia é pouco clara, descreve o fenómeno de hiperalgesia generalizada carac-
que 94% das doentes com FM com sintomas que terística desta patologia. DOR
simulavam alterações neurológicas tinham testes As parestesias são um sintoma muito frequente
electrodiagnósticos normais . na FM (67%) , que surge também em patologias 21
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