Page 46 Volume 20 - N3 - 2012
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R. Morais, S.F. Bernardes: Perceções Sobre o Ambiente Físico e Sociofuncional de Uma Unidade de Dor Portuguesa
Quadro 4. Ambiente sociofuncional da Unidade de Dor: categoria nuclear, categorias principais associadas, dimensões
de valência, frequências de resposta* e exemplos
Categoria nuclear
Ambiente sociofuncional
Tipo de utilizador Categorias Dimensões de valência
Aspetos relatados Aspetos relatados Aspetos © Permanyer Portugal 2012
como positivos como negativos desejáveis
Profissionais de saúde Relações humanas de trabalho (6) (3) (3)
entre os profissionais de saúde
Relações humanas de trabalho (2)
existentes entre os profissionais
de saúde e os utentes
Estrutura da Unidade de Dor (2) (4) (3)
Funcionamento da Unidade de Dor (2) (3) (3)
Organização da Unidade de Dor (4) (3) (3)
Integração da Unidade de Dor (4) (3) (2)
com outros serviços/unidades
Utentes Relações humanas de trabalho (1) (1)
entre os profissionais de saúde
Relações humanas de trabalho (7) (1)
existentes entre os profissionais
de saúde e os utentes
Estrutura da Unidade de Dor (1)
Funcionamento da Unidade de Dor (9) (4)
Organização da Unidade de Dor (1) (1)
Integração da Unidade de Dor (1) (1)
com outros serviços/unidades
*Os números entre parênteses correspondem à frequência de unidades de análise encontradas nos discursos dos dois tipos de
utilizadores
e qualidade do ar é, também, apontada como ambiente sociofuncional, isto é, aspetos as- Sem o consentimento prévio por escrito do editor, não se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publicação.
um dos aspetos mais negativos juntamente com sociados às relações humanas de trabalho
a amplitude e acústica. entre os profissionais de saúde, estrutura da
Os resultados encontrados revelam também Unidade de Dor, funcionamento da Unidade
que os profissionais de saúde dão uma maior de Dor e organização da Unidade de Dor, com
ênfase aos aspetos negativos da sua Unidade alguma frequência, à exceção das relações hu-
de Dor e os utentes acabam por dar um maior manas de trabalho existentes entre os profissio-
destaque aos aspetos que são positivos. nais de saúde e os utentes e da integração da
Unidade de Dor com outros serviços/unidades
que foram fracamente citadas.
Avaliação do ambiente sociofuncional hospitalar Por sua vez, são as relações humanas de tra-
As definições efectuadas das categorias prin- balho entre profissionais de saúde que se des-
cipais (Quadro 3) face ao ambiente sociofuncio- tacam como o aspeto mais positivo (e.g. «boa
nal foram definidas de acordo com as dimen- tolerância à frustração nas situações mais ad-
sões conceptuais já contempladas no PHEQI 12,13 versas»), seguindo -se a organização da Uni-
e com base na revisão de literatura realizada dade de Dor e a integração da Unidade de
sobre o impacto do ambiente hospitalar e dimen- Dor com outros serviços/unidades (e.g. boa
sões associadas, à semelhança do realizado relação com outros serviços). No que diz res-
para as categorias que representam o ambiente peito aos aspetos mencionados como negativos,
físico. vários aspetos das condições sociofuncionais
De acordo com as avaliações realizadas pelos foram mencionados incluindo questões relacio-
profissionais de saúde (Quadro 4) no que res- nadas com a estrutura da Unidade de Dor, bem
peita ao ambiente sociofuncional, foram citados como relações humanas de trabalho entre os DOR
como aspetos desejáveis de ter numa Unidade profissionais de saúde, funcionamento da Uni-
de Dor quase todos os aspetos que integram o dade de Dor, organização da Unidade de Dor e 45