Page 22  Manual de Interações medicamentosas no tratamento da dor crónica
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     Interações
Fatores não genéticos com ligações genéticas (idade, sexo) Analgesia opióide e efeitos colaterais Fisiológico
Etnia / raça
farmacológicas
Fisiológico
(ansiedade, stress)
Farmacocinética Farmacodinâmica
(volume de distribuição, (sensibilidade à dor,
eliminação) eficácia)
Fatores genéticos Metabolismo Transportadores Recetor MC1R Transdução
de sinal
opióide
enzimas
CYP2D6,
OPRM1, COMT,
ABCB1
UGT2B7
Fatores genéticos
Fig. E - CYP2D6 - Citocromo 2D6; UGT2B7 - Uridinadifosfato-Glucoronosiltransferase 2B7: ABCB1 -
ATP binding cassette transporter B1 ou P-gp; OPRM1 - receptor opioide mu; COMT - catecol-O-Metil-
transferase (enzima que degrada catecolaminas); MC1R - receptor da melanocortina
Apesar do óbvio envolvimento da via do CYP450 e suas isoenzimas na
possibilidade de interação farmacológica, a forma como esta interação
afecta os resultados terapêuticos depende em grande parte da existência
de vias metabólicas alternativas e de polimorfismos. A farmacogenética tem
ganho popularidade crescente na monitorização clínica e na presunção de
níveis séricos de fármacos e é reconhecido que os polimorfismos das dife-
rentes enzimas envolvidas e das moléculas de transporte afectam a respos-
ta farmacológica, a eficácia e potencial toxicidade. Estima-se que 86% dos
fármacos envolvidos em reações adversas são metabolizados por enzimas
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