Page 23 Manual de Interações medicamentosas no tratamento da dor crónica
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polimórficas do CYP450. (Scripture & Figg, 2006) (Sadhasivam & Chidam-
baran, 2012) Fig. E
Tanto a toxicidade como a falta de eficácia da terapêutica com opióides
podem estar relacionadas com o polimorfismo genético do CYP450 e IM
daí decorrentes. De entre os opióides, a codeína, hidrocodona, oxicodona,
metadona, tramadol e fentanilo são metabolizados pelo CYP450.
CYP1A2
Teofilina,
Cafeína, Olanzapina
CYP2E1
CYP2C8 Clorzoxazona
Paclitaxel
CYP2A6
Cumarínicos
CYP2C9
Varfarina, CYP2B6
Fenitoína, Bupropiona,
Losartan Tamoxifeno,
Efavirenz
CYP2D6 CYP3A
Antidepressivos triciclicos, Lovastatina, Ciclosporina,
ISRS, Haloperidol, Propanolol, Nifedipina, Etilenoestradiol,
Atomoxetina, Dextrometorfano Testosterona, Midazolam,
Ritonavir
Fig F - Importância relativa das diferentes isoenzimas do CYP450 no metabolismo dos fármacos, com
alguns exemplos práticos. A maioria dos fármacos é metabolizado por mais de uma isoenzima.
Adaptado de: http://slideplayer.com/slide/2504197/
O CYP2D6, envolvido no metabolismo de grande parte dos fármacos (cerca
de 25%), incluindo os opióides, é altamente polimórfico e uma das isoen-
zimas do CYP450 cujos polimorfismos têm maior significado clínico Fig. F.
Dependendo da homo ou heterozigotia dos seus alelos funcionais, pode-
mos dividir a população, no que respeita a perfis metabólicos neste con-
texto, em 4 fenótipos: metabolizadores ultrarrápidos (MU), extensivos (ME),
intermédios (MI) e fracos (MF). (Overholser & Foster, 2011)
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