Page 13 Volume 20 - N1 - 2012
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Dor (2012) 20
Quadro 1. Terminologia anglo-saxónica encontrada nos
artigos científicos
– Symphisis Pubis Disfunction
– Symphysiolysis/anterior pelvic pain
– Osteitis pubis
– Sacro-iliac joint pain © Permanyer Portugal 2012
– Pelvic girdle relaxation
– Low back pain
– Hip pain
– Diastasis symphysis pubis
Adaptado de Wu, et al. 8
From the back From the front
Figura 1. Localização de dor (adaptado de Guidance for
1
Healthcare Professionals ).
Epidemiologia
A prevalência da dor lombo-pélvica em grávi-
das é de 50-70%. Menos comum é a dor da
cintura pélvica, que é de aproximadamente 20%
em grávidas. Destas, 5-8% apresentam doença
grave com disfunção.
a
A sintomatologia pode ter início na 18. sema-
na e apresenta um pico de intensidade entre a
24. e a 36. semana. A prevalência decresce
a
a
para 7% nos primeiros três meses pós-parto,
sendo ainda menor (1-2%) após 12 meses, no-
tando-se que as puérperas com dor da cintura
pélvica no pós-parto apresentaram dor intensa
na gravidez. Front Back
Um dado interessante e que merece reflexão Figura 2. Localização de dor (adaptado de Guidance for
por parte dos médicos é que a prevalência com Healthcare Professionals ).
1
base na referenciação das queixas pela pacien-
te é 20% superior à baseada na referenciação
médica; esta diferença pode ser explicada pelo
facto da referenciação das queixas das pacien- (stabbing), dor pouco precisa (dull), sensação Sem o consentimento prévio por escrito do editor, não se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publicação.
tes se basear em questionários sobre sintomas, de opressão e dor lancinante (shooting), mas
incluindo a dor ligeira, enquanto a referenciação estes descritores ainda não permitem uma clas-
por parte dos médicos está distorcida por ape- sificação com base na natureza da dor.
nas serem abordados quando a dor é moderada Quanto à intensidade da dor, os valores médios
a grave. Podemos assim inferir que esta diferença de intensidade são de 50-60 mm numa escala
de 20% representa os casos de dor da cintura visual analógica (VAS) de 100 mm; em 25% dos
pélvica ligeira. casos a dor é intensa com valores na escala VAS
Em relação às características da dor, a DCPG superiores a 75 mm. A dor no pós-parto é geral-
surge na literatura descrita como dor tipo facada mente menos intensa que a dor na gravidez.
Quadro 2. Diferenças entre dor lombar e dor da cintura pélvica
Dor lombar Dor cintura pélvica
– Dor localizada acima do sacro – Dor localizada distalmente nas nádegas e lateralmente a L5-S1 com
– Dor lombar em flexão anterior tronco ou sem irradiação para a zona posterior das coxas e joelho, mas
– Diminuição mobilidade da coluna lombar não irradiando para o pé
– Palpação dolorosa dos músculos eretores da – História de dor localizada na região posterior da pélvis e nádegas
coluna relacionada com esforços de carga
– Testes de provocação dor pélvica posterior – Existência de períodos sem dor
negativos – Mobilidade das ancas e coluna mantida e sem síndrome de
compressão radicular
DOR – Testes de provocação de dor pélvica posterior positivos
12 Adaptado de Bastiaanssen, et al. 6