Page 33 Opióides
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Dose de carga do analgésico







Doses repetidas auto-administradas



15 30 60 120
Tempo (minutos)

Figura 11.



os opióides podem ser administrados por esta via principalmente no
modo PCA. São preferíveis os opióides solúveis, bem absorvíveis e não
irritantes, como a heroína, a hidromorfona, a oximorfona e a morfina 39-41 .
Nos doentes com dor crónica oncológica, a utilização de fentanil e su-
fentanil é relativamente frequente, uma vez que são fármacos que aliam,
para além das propriedades já descritas, a sua elevada potência a um
baixo volume. Para o mesmo efeito analgésico, a dose a administrar por
via subcutânea deve ser idêntica à usada por via endovenosa 42,43 . As
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infecções são raras (1 em cada 117 doentes) .

Via intramuscular

É uma das formas mais vulgarizadas de administração de opióides no
tratamento da dor aguda. Apresenta como principal inconveniente a ab-
sorção errática, o que determina uma grande variabilidade inter-individu-
al no tempo de início de acção, no grau e na duração da analgesia. Estes
factos condicionam uma grande labilidade nos níveis plasmáticos alcan-
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çados e a necessidade de administrações frequentes . O pico do efeito é
obtido 30 a 60 minutos após a administração do analgésico. Devido a este
pico ser relativamente tardio, os efeitos secundários desenvolvem-se tam-
bém lentamente, nomeadamente a depressão respiratória. Os factores que
podem influenciar os níveis plasmáticos obtidos são: o local da injecção,
o sexo , a idade, a temperatura, o pH, a fórmula farmacêutica e o fluxo
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sanguíneo no local da administração . Esta via pode ser utilizada na dor
aguda, desde que se tenham em conta as seguintes considerações:
1. A primeira dose deve ser administrada por via endovenosa, a fim
de minorar os inconvenientes da absorção irregular na fase ini-
cial do pós-operatório;


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